Regulamento da União Europeia para Produtos Livres de Desmatamento impulsiona as exportações no Brasil
Aprovado a pouco mais de um ano, o regulamento da União Europeia para produtos livres de desmatamento entrará em vigor em dezembro de 2024 e marca uma discussão preocupante no mundo.
Isso porque a regulamentação impede que toda e qualquer commodity cultivada em áreas de desmatamento seja proibida de entrar nos países europeus, sob rigorosa verificação.
Essa lei voltou a ser discutida no agronegócio com o crescimento das exportações de café que totalizaram, até junho de 2024, aumento de 32,7% em relação à safra 2022/23, segundo o Cecafé.
Até o momento, o aumento nas exportações têm favorecido o Brasil, país líder no ranking de maiores exportadores de café do mundo. O reflexo, de fato, virá com a lei em vigor, que poderá apresentar baixas nas exportações para o ano que vem.
A proposta da regulamentação apresentada em 2023, determina destruição e/ou apreensão do produto, suspensão do comércio importador e ainda multa.
Nela, as commodities: soja, madeira, carne bovina, cacau, café, óleo de palma, borracha e derivados, estão proibidos de serem importados por empresas da UE, caso sejam produzidas em áreas de desmatamento legal ou ilegal a partir de 2020.
Do total de importadores dos grãos de café do Brasil, na perspectiva de aumento, a liderança é representada pela União Européia, com 13,305 milhões de sacas e 47,3% do total exportado. Em segundo lugar, os Estados Unidos importando 4,516 milhões de sacas, cerca de 16% do total, segundo o Cecafé.
Soja na União Europeia
Atualmente a UE importa cerca de 4,9 milhões de toneladas de soja do Brasil, o que representa 41% de todas as compras dos países da União Européia de janeiro a junho de 2024.
O bloco econômico se destacou nas importações de 2024, baseado no crescimento repentino de exportações para este destino, devido ao regulamento que em breve entrará em vigor.
Apesar das preocupações na exportação devido ao formato de identificação dessas áreas desmatadas desde 2020, o reflexo poderá não ser tão grande quanto o esperado, visto que outros destinos da soja no Brasil, detém o maior mercado.
